Sons da vida, um curta de uns anos atrás.
Mesmo sem saber, acendi uma fagulha ao criar o curta sons da vida. Vou tentar explicar um pouco todo o processo de criação deste curta e liga-lo aos sistemas errantes que acabam aparecendo em nossas vidas para atrapalhar nosso propósito.
Sim, anos atrás tentei melhorar a qualidade dos meus vídeos e acabei entrando em uma escola de audio e vídeo. Como era uma escola pública, acreditei que poderia a partir dali romper alguns paradigmas e abrir um pouco a mente do povo acebolado. Mas o tiro saiu pela culatra.
Tínhamos de fazer um documentário-curta que fosse rodado no Parque Vila Lobos como fundo. Nossa tarefa, além da produção em si, incluía não atrapalhar o movimento do parque durante as filmagens.
A minha idéia inicial era fazer um falso doc sobre os Et’s que frequentam o parque e a sua criação como base de lançamento de naves. (Farei uma postagem com esta história, já que a escrevi e está guardada, mas por enquanto vou me ater ao Doc).
A virada do herói
Reuni em dupla com meu brother Champs, um grupo inteiro de refugos de outros grupos. A produtora que havia sido preterida do outro grupo ( mas era minha primeira opção e eu já havia recebido um não dela) , o editor que ninguém ia com a cara, o audio que só queria perder a BV e a mina que não conhecia ninguém.
Mas como somente eu e meu parça Champs tínhamos discutido o assunto antes e precisávamos entrar em consenso com o grupo, tivemos de abrir mão do assunto em detrimento a melhor boa vontade de todos. Decidiram por um debate sobre música. A principio seria um debate estilo Mimimimi direcionado para o “coitadismo de esquerda” e a simples briga para ver o que era melhor.
Mas para evitar bairrismos e as polarizações, eu e Champs como os caras mais velhos e criadores do grupo, decidimos partir para algo mais poético: colocar frente a frente um roqueiro, um rapper, um rasta-reggae e um musicista clássico para debater os sons que ocupam nossos ouvidos durante o dia a dia e o que isso representa na nossa vida e no nosso sentir.
Eu já estava numa vibe muito de energia. Queria que aquilo também contaminasse as pessoas que estavam ao meu redor. Então imaginei que seria legal despertar esta desconfiança nos demais colegas de curso.
Prego que se destaca leva martelada
Depois de muito debater, apresentar as possibilidades de se ilustrar com questões da física convencional e posterior a física quântica ( som leva a informação e esta se incrusta no DNA de todos), começaram a aparecer os problemas.
Queria que falasse-mos sobre o que os sons representam para nossa saúde mental, parece que abri as portas do manicômio. Começaram a espernear os colegas, os alunos de outros grupos e inclusive os professores.
É complicado tentar sozinho entender o que cada um ficou com impressão no momento, mas hoje acho que foi um choque de realidade a muitos. Mas no final das contas, os que me abandonaram na canoa furada depois tentaram resgatar a canoa pra tentar se salvar.
Afinal quem é que quer saber de física quântica, de papo de energia, amor, etc.. todos queremos resultados: essa merda ai vai dar pra apresentar? – Então tá bom.
No final acho que o documentário ficou com uma qualidade satisfatória, poderia ter rendido mais e ter mais qualidade no argumento. Mas como o projeto foi mutilado durante o processo de criação, com regras sendo alteradas de acordo com o que os professores achavam, até que ficou um bom resultado.
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